O CEO da Bybit, Ben Zhou, confirmou que US$ 280 milhões dos US$ 1,4 bilhão roubados da exchange já foram lavados e não são mais rastreáveis. No entanto, cerca de US$ 1,07 bilhão ainda podem ser rastreados, permitindo que os investigadores continuem seus esforços para recuperar os fundos.

Em 4 de março, Zhou forneceu uma atualização sobre o movimento de 500.000 Ether (ETH) roubados no hack de fevereiro e os esforços contínuos para impedir que os invasores fujam com o saque.

“Dos US$ 1,4 bilhão hackeados, cerca de 500.000 ETH, 77% ainda são rastreáveis, 20% desapareceram e 3% foram congelados”, disse Zhou.

Ao dizer “desapareceram”, Zhou indicou que 20% dos fundos roubados foram misturados, lavados ou enviados para plataformas que obscurecem transações, supostamente operadas por hackers norte-coreanos.

Recuperando os ativos roubados em partes

Até agora, os investigadores ajudaram a congelar US$ 42 milhões, equivalentes a 3% dos fundos roubados.

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Fonte: Ben Zhou

Os hackers converteram cerca de US$ 1 bilhão dos fundos roubados — 417.348 ETH — para Bitcoin (BTC) e os espalharam por 6.954 carteiras de criptomoedas, com uma média de 1,71 BTC por carteira. Essa fragmentação dificulta ainda mais o rastreamento e a recuperação dos fundos.

Segundo Zhou, as próximas uma a duas semanas serão cruciais para congelar fundos adicionais antes que os invasores tentem sacar os valores por meio de exchanges, plataformas de balcão (OTC) e transações peer-to-peer (P2P).

Hackers da Bybit pretendem manter os fundos roubados

De acordo com Zhou, os hackers da Bybit usaram principalmente a exchange descentralizada THORChain para converter ETH e BTC em dinheiro. Outras plataformas, como ExCH e OKX Web3 Proxy, também foram utilizadas para movimentar parte dos fundos.

Ele também mencionou que US$ 65 milhões em ETH podem ser recuperados, mas será necessário o apoio da equipe da OKX Wallet. Além disso, 11 caçadores de recompensas receberam um total de US$ 2,1 milhões por seus esforços na identificação e congelamento dos fundos roubados.

Em 25 de fevereiro, a empresa de análise blockchain Elliptic identificou mais de 11.000 carteiras ligadas aos hackers da Bybit.

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Fonte: Ben Zhou

Além disso, a Bybit contratou a empresa de segurança Web3 ZeroShadow em 25 de fevereiro para realizar perícia blockchain. A empresa é responsável por rastrear e congelar os fundos roubados da Bybit, visando maximizar a recuperação.