Na última quarta-feira (26), o presidente de El Salvador Nayib Bukele pediu paciência e confiança em seu governo, após o FMI confirmar que pediu que o país diminua a compra de bitcoin.

Nos últimos meses, o país tem acumulado quase 1 bitcoin por dia, em um ritmo que acelera o tesouro nacional para a adoção da moeda digital.

Contudo, o FMI forneceu um empréstimo a El Salvador e, com isso, exigiu garantias do governo sobre as suas atuações com bitcoin.

Sem comentar muito sobre o caso em sua conta no X, Bukele pediu apenas paciência e confiança, com a bandeira de El Salvador ao lado.

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O que o FMI diz sobre as compras de bitcoin por El Salvador?

Em uma divulgação na última quarta, o FMI indicou que aprovou um empréstimo de US$ 1,4 bilhão para El Salvador. Com este valor, o governo do país tem acesso a 113 milhões de dólares de forma imediata.

O acordo tem uma duração estimada em 40 meses e pode ajudar o país a captar até 3,5 bilhões de dólares até a data final.

Contudo, o dinheiro não vem como um almoço grátis, com El Salvador tendo de dar garantias ao Fundo Monetário Internacional, em contrapartida.

De acordo com o próprio comunicado, “o programa também aborda os riscos decorrentes do projeto Bitcoin, inclusive tornando a aceitação do Bitcoin voluntária e limitando o envolvimento do setor público em atividades e transações relacionadas ao Bitcoin e compras de Bitcoins.”

Ou seja, El Salvador agora deve limitar as suas compras de bitcoin, com o governo tendo de se afastar desta moeda.

Veja nota completa do presidente interino do FMI sobre governo de El Salvador se afastar do bitcoin

Após a recente reunião do Conselho Executivo sobre El Salvador, o Sr. Nigel Clarke, Diretor Executivo Adjunto e Presidente Interino, emitiu uma declaração pública sobre o caso.

“Os riscos potenciais do projeto Bitcoin estão sendo abordados de acordo com as políticas do Fundo e com o aconselhamento do Fundo às autoridades. Ações anteriores incluem reformas legais que tornaram a aceitação do Bitcoin pelo setor privado voluntária e garantiram que os pagamentos de impostos sejam feitos apenas em dólares americanos. A transparência da carteira eletrônica de criptomoedas pública foi fortalecida, e o governo planeja gradualmente encerrar sua participação na carteira eletrônica. No futuro, os compromissos do programa limitarão o envolvimento do governo em atividades econômicas relacionadas ao Bitcoin, bem como transações governamentais e compras de Bitcoin. A regulamentação e a supervisão de ativos digitais serão aprimoradas de acordo com as melhores práticas internacionais em evolução,” disse Nigel em nota.


Por fim, não está claro como as políticas do FMI deverão ditar o ritmo do menor país latino, que entrou para história ao se tornar o primeiro a legalizar o bitcoin.