O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se manifestou nesta semana contra o Drex, projeto do Banco Central que prevê a criação de uma versão digital do real.

Em vídeo publicado nas redes sociais, o parlamentar afirmou que o Drex poderia permitir ao governo implementar mecanismos de controle sobre o uso do dinheiro, citando funções como programabilidade, geolocalização, data de validade e restrições de uso.

Segundo Eduardo Bolsonaro, a proposta do Drex se assemelha ao modelo de moeda digital já utilizado na China, e ele afirmou que o governo brasileiro assinou acordos de cooperação com o país asiático, incluindo a troca de informações sobre sistemas financeiros digitais.

“Um dos 37 acordos que o governo Lula firmou com a China é justamente na área de intercâmbio sobre moeda digital”, afirmou.

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Esses acordos têm como foco a cooperação em conectividade e economia digital, áreas que podem englobar discussões sobre moedas digitais e tecnologias financeiras.

População não quer Drex, diz Eduardo Bolsonaro

O deputado disse ainda que pretende levar esse tema para discussão na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (Creden) da Câmara dos Deputados, caso seja indicado para presidir o colegiado.

De acordo com ele, o objetivo é promover um debate amplo para consultar a população sobre a adoção da moeda digital no país.

Durante a gravação, Eduardo Bolsonaro também elogiou o trabalho da deputada Júlia Zanatta (PL-SC), autora de um projeto de lei que busca impedir o fim do dinheiro físico no Brasil.

Indo além, Júlia está liderando a coleta de assinaturas para a apresentação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pretende exigir quórum qualificado no Congresso Nacional para qualquer decisão que envolva a substituição do papel-moeda por versões digitais.

Segundo informações compartilhadas pela parlamentar, já foram reunidas 135 das 171 assinaturas necessárias para protocolar a proposta.

O Drex está atualmente em fase de testes no Banco Central e tem previsão de lançamento para os próximos anos.

De acordo com a autoridade monetária, o objetivo do projeto é modernizar o sistema financeiro nacional, permitindo transações digitais mais rápidas, seguras e eficientes.


Ainda segundo o Banco Central, o Drex não substituirá o dinheiro em espécie, mas funcionará como uma versão digital do real para facilitar transações eletrônicas.

Apesar disso, parlamentares que criticam o projeto afirmam que a criação da moeda digital pode representar riscos à privacidade e liberdade financeira da população.

Eduardo Bolsonaro finalizou sua manifestação dizendo que não vê demanda popular pela adoção do Drex e que a sociedade deve ser ouvida antes da implementação da nova tecnologia.