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O mercado de criptomoedas operava a um market cap de US$ 2,7 trilhões (-3,6%) na manhã desta segunda-feira (10), quando o Bitcoin (BTC) era transferido em torno de US$ 81,9 mil (-3,8%) com recuo acumulado semanal de 11%, sentimento de medo extremo dos investidores (17%) e a maioria das principais altcoins no vermelho, apesar do avanço de alguns tokens, em até dois dígitos percentuais.

Os dados retornados pelas plataformas indicavam que os mercados de Futuros estão pessimistas. Entre eles o de criptomoedas, pelo recuo a US$ 89,74 bilhões (-3,12%) do interesse aberto, o aumento a US$ 221,5 bilhões (+126%) no volume de negociações e a liquidação de traders alavancados de criptomoedas a US$ 672,9 milhões (+322%), sendo US$ 528,1 milhões em posições compradas (long) e US$ 143,8 milhões em posições vendidas (short).

O Volatility Index (VIX), calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital aberto que compõem o S&P 500, conhecido como índice do medo, encontrava-se avançado a 25,65 (+3,4%) com alta acumulada de 32,4% em cinco dias. O que corroborava a alta da aversão ao risco e consequente pressão sobre mercados como o de criptomoedas, apesar da retração a 103,64 pontos (-0,19%) do DXY, índice que afere a força do dólar americano.

O FUD (medo, incerteza e dúvida) dos investidores, incluindo os de criptomoedas, ainda podia ser percebido pela saída de capital líquido dos fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em negociação à vista (spot) de Bitcoin e de Ethereum (ETH) no fechamento de sexta-feira (7), respectivamente em US$ 409,21 milhões e US$ 23,10 milhões, segundo dados da plataforma SoSoValue.

O clima de incerteza do mercado cripto acompanhava a volatilidade de outros mercados à ofensiva tarifária promovida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e à instabilidade geopolítica com a guerra entre Rússia e Ucrânia, já que a Casa Branca deu sinais recentes de distanciamento do Kemlin e reaproximação com a Europa em razão da reprovação da opinião pública estadunidense a movimentos recentes de Trump em direção a Vladimir Putin.

Em paralelo, os investidores de criptomoedas pareciam espreitar dois possíveis catalisadores de volatilidade essa semana, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) e o Índice de Preços ao Produtos (PPI), a serem divulgados quarta (12) e quinta-feira (13), respectivamente, pelo Departamento do Trabalho dos EUA. O que deve apontar o norte do Federal Reserve (Fed) em relação à taxa básica anual de juros do banco central daquele país, que deve impactar mercados como o de criptomoedas.

Na seara das principais altcoins em capitalização de mercado, o ENA avançava a US$ 0,45 (+5,8%), o IP era negociado por US$ 5,07 (+6%), o AAVE se convertia em US$ 196,45 (+4%), o MOVE recuava a US$ 0,46 (-11%), o KAS era pressionado a US$ 0,062 (-9,4%), o MKR era trocado por US$ 1.184,21 (-9,1%), o TIA era comprado por US$ 3,03 (-8,8%), o APT se transformava em US$ 5,53 (-8%) e o JASMY representava US$ 0,014 (-6,9%).

Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o AUDIO era transacionado por US$ 0,097 (+24,6%), o AUCTION estava precificado em US$ 19,53 (+18,1%), o HMSTR respondia por US$ 0,0022 (+10,6%), o RARE era trocado de mãos por US$ 0,096 (+70%), o CLANKER se nivelava por US$ 72,07 (+12,5%), o UFD era liquidado por US$ 0,061 (+11%), o PROS valia US$ 0,59 (+19,9%) e o PUPS atingia US$ 0,027 (+10,9%).

Entre as novas listagens em exchanges de criptomoedas estavam ROAM e ELX na Phemex, SNA na LBank, RED na Bitkub, DRB na BitMark, COCORO e NATO na Poloniex, ETN na Bitconomy, RED, CFX e CELO e REACT na Crypto.com, ath NA Coinbase, IP e BMT na Kraken.

Na semana anterior, uma memecoin saltou 407.000% após ser mencionada por Trump durante uma reunião na Casa Branca, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.