Bancos enfrentam desafios com a adoção de IA, destacando riscos de segurança, concorrência e regulamentação crescente


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Grandes instituições financeiras de Wall Street, como Goldman Sachs, Citigroup e JPMorgan Chase, estão destacando os riscos associados ao crescente uso de inteligência artificial (IA) no setor financeiro, como mostra uma reportagem da Bloomberg.
Em seus relatórios anuais de 2024, os bancos apontaram preocupações com falhas nos modelos de IA, problemas de moral dos funcionários, vulnerabilidades à cibercriminalidade e a pressão de novas regulamentações globais.
Essas preocupações surgem à medida que a IA se torna cada vez mais central em suas operações, seja com softwares próprios ou de terceiros.
Quais os riscos que causam temor em Wall Street
- Entre os principais riscos mencionados estão os modelos de IA que podem ser falhos, não confiáveis ou gerarem resultados imprecisos, impactando a reputação e a eficiência dos bancos.
- O JPMorgan, por exemplo, destacou que a adoção de IA pode provocar deslocamento da força de trabalho, afetando o moral dos funcionários e criando uma competição acirrada para recrutar profissionais qualificados.
- Além disso, as empresas estão expostas a novos desafios relacionados à segurança de dados e ao risco de ataques cibernéticos, com criminosos também se beneficiando do uso da IA de forma cada vez mais sofisticada.
- Outro ponto levantado foi a necessidade de os bancos se manterem atualizados com os desenvolvimentos tecnológicos, para não perderem clientes e negócios.
- A competição por inovação e a constante evolução das regulamentações, como a Lei de Inteligência Artificial da União Europeia, também representam grandes desafios.

Em um cenário global com regulamentações mais rígidas, a privacidade dos dados e a conformidade regulatória se tornam questões de alta prioridade, já que mudanças podem impactar as operações bancárias.
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Apesar dos riscos, os bancos estão integrando a IA em diversas áreas, como análise de portfólios e automatização de processos. Citigroup e Goldman Sachs estão, por exemplo, utilizando IA para melhorar a análise de dados e otimizar o serviço ao cliente.
Contudo, há um consenso crescente de que essas tecnologias devem ser implantadas com controle rigoroso para evitar imprecisões ou alucinações, e para garantir que a privacidade e segurança dos dados sejam preservadas.
Por fim, as instituições financeiras reconhecem que a IA pode ser uma ferramenta poderosa para aumentar a produtividade e reduzir custos, mas os bancos precisam adotar uma abordagem responsável e cautelosa para mitigar os riscos associados a sua implementação em grande escala.


Colaboração para o Olhar Digital
Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.
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