Mark Zuckerberg teria aprovado que a Meta utilizasse versões “pirateadas” de livros protegidos por direitos autorais para treinar seus modelos de inteligência artificial (IA), de acordo com processo judicial movido por grupo de autores nos EUA e revelado pelo The Guardian.

O processo alega que a Meta utilizou o banco de dados LibGen, arquivo online de livros pirateados, apesar dos alertas internos sobre os riscos legais. A empresa teria reconhecido que o uso de material pirateado poderia prejudicar sua posição nas negociações com reguladores.

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Equipe da Meta responsável por treinamento do modelo Llama consultou Zuckerberg e recebeu aprovação do CEO para usar LibGen (Imagem: gguy/Shutterstock)

Leia mais:

  • Os autores, incluindo Ta-Nehisi Coates e Sarah Silverman, acusam a empresa de Zuckerberg de usar, indevidamente, seus livros para treinar o modelo de linguagem Llama, que alimenta os chatbots da companhia;
  • O LibGen, uma “biblioteca sombra” originada na Rússia, contém milhões de livros e artigos protegidos por direitos autorais;
  • O uso de conteúdo protegido para treinar IA tem gerado disputas legais, com profissionais criativos e editoras alertando sobre a violação de seus direitos.

O processo cita comunicações internas que indicam que Zuckerberg teria dado o aval para o uso do LibGen após discussões dentro da Meta.

Embora um juiz tenha rejeitado alegações anteriores, os autores foram autorizados a modificar o processo, incluindo novas acusações de fraude de computador. A Meta ainda não se manifestou sobre o caso.

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Meta teria retirado ilegalmente as informações de gerenciamento de direitos autorais dos livros, incluindo título, nome do autor e proprietário dos direitos autorais (Imagem: Ascannio/Shutterstock)

O que diz a empresa

O Olhar Digital tentou contato com a companhia e aguarda retorno.