O Bitcoin (BTC) atenuou a forte queda vista nas primeiras horas desta sexta-feira (20), que levou a moeda digital a acumular perdas de quase 16% desde o recorde histórico registrado no início da semana, em meio a uma redução nas expectativas por um afrouxamento monetário nos Estados Unidos, o que enfraqueceu o apetite especulativo.

Mercados tiveram uma injeção de ânimo após a divulgação da inflação nos Estados Unidos medida pelo índice de preços de gastos com consumo pessoal (PCE), considerado a medida preferida do Federal Reserve (Fed), banco central americano, para monitorar a inflação.

O PCE registrou alta de apenas 0,1% em novembro na comparação mensal. Na base anual, o indicador avançou 2,4%, abaixo da estimativa de 2,5% do mercado, mas ainda acima da meta de 2% estabelecida pelo Fed.

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Após chegar a cair para US$ 92.222 por volta das 9h15 desta sexta-feira (20), o Bitcoin recuperou parte das perdas e era negociado pouco abaixo dos US$ 96 mil às 11h40, pouco mais de 12% distante da máxima de US$ 108 mil.

Confira o desempenho das 10 principais criptomoedas nas últimas 24 horas (às 11h40):

Criptomoeda Preço (US$) Variação em 24h (%)
Bitcoin (BTC) 95.894,55 -6,1
Ethereum (ETH) 3.347,22 -9
XRP (XRP) 2,19 -8,2
Binance Coin (BNB) 659,90 -5,9
Solana (SOL) 189,36 -9
Dogecoin (DOGE) 0,2996 -17,5
Lido Staked Ether (STETH) 3.341,98 -9
Cardano (ADA) 0,8608 -10,8
TRON (TRX) 0,2418 -8,7
Avalanche (AVAX) 37,31 -13

Na quinta-feira, um grupo de ETFs nos EUA que investem diretamente em Bitcoin registrou uma saída líquida recorde de US$ 680 milhões, segundo dados compilados pela Bloomberg, encerrando uma sequência de 15 dias de entradas contínuas.

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Segundo Strahinja Savic, chefe de dados e análises da FRNT Financial, “é bem típico” observar correções desse tipo em mercados de alta. A QCP Capital destacou em nota que a causa principal dessa correção foi o posicionamento “excessivamente otimista” do mercado.

A postura mais hawkish (inclinada ao aumento de juros) do Federal Reserve na quarta-feira pesou sobre a maioria dos ativos de risco. Ainda assim, o Bitcoin acumula alta de quase 50% desde a vitória pró-cripto de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA, em 5 de novembro.

“Parece ser uma realização de lucros típica de fim de ano,” afirmou Edward Chin, da Parataxis. “Não houve nada fundamental que tenha desencadeado a liquidação.”


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Com a expectativa de menos cortes de juros pelo Fed em 2025, alguns investidores podem estar reduzindo sua exposição e realizando lucros.

“Tecnicamente, a cautela é recomendada no curto prazo,” escreveu Chris Weston, chefe de pesquisa do Pepperstone Group, em nota. “Isso não significa que veremos um colapso de preços em breve, mas o momentum claramente perdeu força, e os compradores perderam o domínio e o controle sobre os preços.”

(Com Bloomberg)