Você insere dados nesse sistema e eles não podem ser alterados jamais, nem pelo administrador, nem por hackers. Essa é a essência das redes de blockchain. Elas surgiram para administrar criptomoedas – a blockchain do Bitcoin torna impossível, por exemplo, “gastar a mesma unidade de cripto duas vezes”, já que cada transação entra no sistema e não pode ser deletada. Sem isso, o Bitcoin não funcionaria como moeda. Seria inútil.

Hoje, porém, as redes de blockchain não estão ligadas apenas a criptomoedas.

No segundo episódio da série Cripto InvestNews, o jornalista Dony de Nuccio explica de forma simples como o blockchain funciona, por que ele é tão seguro e quais as suas aplicações além do mercado cripto.

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Sem nenhum governo ou instituição no controle, uma blockchain é construída por meio de blocos de informações que são validados pelos próprios participantes da rede. Com isso, ela funciona de forma descentralizada e transparente, de forma que todos os seus dados sejam públicos – sem chance de serem alterados.

Apesar do conceito ter surgido junto com o Bitcoin, que se tornou operacional em 2009, e ser a base do funcionamento de todas as criptomoedas, hoje as redes de blockchain já são usadas por grandes empresas, como IBM e Walmart, em diversas aplicações, como rastreio da cadeia de produção e até em processos de votação (lembre-se: se estamos falando de um arquivo digital inalterável e à prova de hackers, graças a uma criptografia profunda, características básicas para processos eleitorais).

O blockchain ainda tem grandes desafios para superar, como a questão de escalabilidade, para poder ser aplicado em grandes mercados e regiões, mas assim como a internet há algumas décadas, esse é um conceito ainda novo, com grande potencial para revolucionar a vida das pessoas.