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A exchange indiana WazirX congelou cerca de US$ 3 milhões em criptomoedas roubadas. Em uma declaração oficial, a plataforma revelou as atualizações de recuperação, congelando uma parte inicial dos ativos roubados.

A recente ação da WazirX destaca o progresso da exchange na recuperação de fundos perdidos em um dos maiores roubos de criptomoedas da Índia. No entanto, o valor corresponde a pouco mais de 1% dos US$ 235 milhões que a exchange perdeu em um ataque hacker no ano passado.

Isso significa que a exchange ainda não tem nem a maior parte dos recursos para devolver aos clientes lesados. Segundo a CNBC, a Zettai, empresa controladora da WazirX, revelou que está colaborando com autoridades policiais, especialistas forenses, autoridades investigativas e especialistas jurídicos para rastrear e recuperar os fundos roubados.

Só que vários advogados alertam que a exchange dificilmente conseguirá pagar todos os clientes. O ataque ocorreu em julho e desviou US$ 235 milhões em Ethereum (ETH) e outras criptomoedas. A exchange liberou os saques em rúpia indiana um mês após o ataque, mas ainda não há planos para a devolução das criptomoedas.

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Foto: IA / WanirX

Exchange busca recuperar fundos

Enquanto a WazirX está navegando com sucesso nos procedimentos de recuperação e reestruturação, seu fundador Nischal Shetty disse que isso é “apenas o começo“. Shetty afirmou que a empresa está totalmente comprometida em recuperar as criptomoedas perdidas e agradeceu o apoio dos usuários durante a situação desafiadora.

Além disso, Jason Kardachi, Diretor Geral e Codiretor de Prática de Reestruturação Global da Kroll, comentou sobre o esquema de recuperação. Ele falou que a empresa segue monitorando as transações feitas pelos endereços associados ao ataque.

“Os esforços para recuperar os ativos roubados estão totalmente em andamento e indo na direção certa – entre o trabalho forense na blockchain e as vias legais contra terceiros cúmplices no ataque e a dissipação subsequente, a empresa está bem preparada para pegar de volta a maior quantidade de criptomoedas possível”, explicou Kardachi.

Credores impacientes

A WazirX e a Zettai têm trabalhado incansavelmente para trazer uma resolução ao caso, visto que o ataque afetou 15 milhões de clientes. Muitos deles tiveram suas economias de uma vida inteira perdidas ou então bloqueadas em suas contas na plataforma e querem uma solução.

Embora a plataforma tenha repetidamente garantido a seus clientes sobre seus esforços para restaurar os fundos, a comunidade levantou preocupações. A maior delas é que a exchange não consiga reaver os fundos e não possa devolvê-los aos clientes.

Em novembro, a WazirX lançou seu esquema de Token de Recuperação com o objetivo de liquidar as dívidas dos clientes afetados. De acordo com o anúncio, a exchange pretendia distribuir tokens aos credores na proporção de seu saldo bloqueado plataforma. O esquema é similar ao que foi adotado pela Bitfinex após o ataque hacker sofrido pela exchange em 2016.

Por fim, autoridades de vários países colaboram com o governo indiano na tentativa de achar os culpados pelo roubo. Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul já vincularam o ataque ao Grupo Lazarus, que tem ligações com o governo da Coreia do Norte.


Além do hack do WazirX, os países associaram a Coreia do Norte ao roubo de US$ 308 milhões da exchange japonesa DMM Bitcoin em maio de 2024 e ao ataque contra a Upbit em 2019, que resultou na perda de US$ 50 milhões.

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