A Petrobras, empresa brasileira focada no setor de petróleo, está interessada na mineração de Bitcoin. As informações foram divulgadas por Marcelo Curi, que trabalha na empresa há 18 anos, e há 8 anos está focado na tecnologia blockchain e outras ferramentas desse mercado digital.
Embora a postagem não deixe claro como será a entrada da Petrobras no setor de mineração, é comum que empresas usem os excedentes de produção para alimentar mineradoras. Ou seja, um aproveitamento de recursos que antes seriam desperdiçados.
A Exxon Mobil, por exemplo, maior produtora de petróleo dos EUA, anunciou em 2022 que usaria o gás natural excedente de suas operações para tal fim. O mesmo acontece com a Gazpromneft, terceira maior petrolífera da Rússia, e com a Pluspetrol, uma das maiores da Argentina.
Na maioria dos casos, a atividade de mineração é feita por mineradoras especializadas, sendo uma parceria com benefícios mútuos. Afinal, essas empresas visam reduzir gastos com energia, o que pode significar uma mudança de prejuízo para lucro em suas operações.
Petrobras está interessada na mineração de Bitcoin
Ícone brasileiro, a Petrobras também estaria entrando nessa corrida para monetizar seus excedentes e usar recursos que antes não teriam nenhum uso. A novidade foi apresentada por Marcelo Curi, especialista em blockchain da petrolífera.
“Blockchain, Tokenização e WEB3 estão no cerne de um P&D histórico iniciado na Petrobras, que objetiva, dentre outras coisas, Mineração de Bitcoin (e aplicações em outros mecanismos de consenso), além de estudos sobre modelagem de negócios/processos com este poderoso framework inovativo, em prol da cadeia/redes de valor na transição para baixo carbono.”
Outro ponto citado é a parte de tokenização, também sem muitos detalhes. No entanto, ao contrário da mineração, ainda não há grandes casos de uso de sucesso nesta parte. Um dos exemplos é a criptomoeda Petro (PTR) criada pelo governo da Venezuela em 2018, mas que acabou misteriosamente.
Indo além, Curi cita avanços da Petrobras em campos como “Mudanças Climáticas, CENPES, Universidade Petrobras e o LedgerLabs”. No caso da LedgerLabs, trata-se de um projeto de estudos sobre Tecnologia de Ledgers Distribuídas, um nome mais amplo para blockchain, feito por pesquisadores da PUC-RJ.
Por fim, os trabalhos da Petrobras mostram a importância da mineração de Bitcoin, que já foi muito criticada, mas hoje aparece como uma solução para evitar desperdícios e contribuir com questões ambientais.
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