O DeepSeek-R1 se destaca por sua capacidade de verificar fatos e evitar erros comuns em outros modelos
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Em um movimento que promete agitar o cenário da inteligência artificial, o laboratório chinês DeepSeek lançou uma versão aberta DeepSeek-R1, um modelo de “raciocínio” que, segundo a empresa, supera o modelo o1 da OpenAI em benchmarks específicos.
Disponível na plataforma Hugging Face, o R1 pode ser usado comercialmente sem restrições, tornando-se uma alternativa acessível para desenvolvedores e pesquisadores.
Como funciona o modelo DeepSeek-R1
Segundo o DeepSeek, o R1 supera o o1 nos benchmarks AIME, MATH-500 e SWE-bench Verified e se destaca por sua capacidade de verificar fatos e evitar erros comuns em outros modelos. Essa precisão se traduz em maior confiabilidade em áreas como física, ciência e matemática.
Com 671 bilhões de parâmetros, o modelo completo exige hardware robusto, mas a DeepSeek oferece também versões mais leves que podem rodar até em notebooks.
A acessibilidade do R1 é outro ponto forte. A DeepSeek oferece acesso à API do modelo a preços significativamente menores que os do o1 da OpenAI. Essa estratégia já apresenta resultados, com milhões de downloads registrados.
No entanto, o desenvolvimento do R1 na China levanta algumas questões. O modelo está sujeito à regulamentação do governo chinês, por exemplo, e evita responder perguntas sobre tópicos sensíveis, como a autonomia de Taiwan. Essa filtragem levanta preocupações sobre o uso da IA para fins de propaganda e controle da informação.
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O DeepSeek-R1 se junta a outros modelos chineses, como os da Alibaba e Kimi, que também afirmam rivalizar com o o1 da OpenAI. Essa tendência indica que a China está se tornando uma força importante na corrida global pela IA, desafiando a hegemonia americana e levantando questões sobre o futuro da inovação e da competição nesse campo.
Gabriel Sérvio é formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário Geraldo Di Biase e faz parte da redação do Olhar Digital desde 2020.
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