A Investo, uma das maiores gestoras de ETFs do Brasil, lançou um ETF com exposição direta ao preço do Bitcoin (BTC). O novo fundo entrou na B3 nesta segunda-feira (03) e será o primeiro ETF de Bitcoin do Brasil a oferecer taxa zero em suas negociações.
Com o código HODL11, o novo fundo chegou ao mercado com o preço de R$ 100 por cota. Mas devido a forte queda do Bitcoin nesta segunda, o preço da cota está avaliado em R$ 97,38 até o fechamento desta matéria. Ele replica o desempenho do ETF de Bitcoin da VanEck (HODL), que possui mais de US$ 1,3 bilhão sob gestão e que cobra 0,2% de taxa anual nos Estados Unidos.


De acordo com a gestora, o Bitcoin vem batendo recordes de valorização e já é considerado por gestores do mercado como um ativo necessário para compor o portfólio dos investidores. Outro fator favorável é que o novo governo dos Estados Unidos adota estratégias alinhadas ao fortalecimento da criptomoeda.
Entre as iniciativas da nova administração, está a criação de uma reserva estratégica de Bitcoin para o Tesouro dos EUA. O projeto de lei que estabelece esta reserva está à espera de votação no Senado americano.
De olho no mercado
Atenta a essas questões e buscando oferecer mais uma opção estratégica de investimentos aos brasileiros, a Investo lança o HODL11, que segue o índice MarketVector Bitcoin Benchmark Rate. Este índice, por sua vez, acompanha o preço spot do Bitcoin. Nos EUA, o fundo conta com mais de US$ 1,5 bilhão sob gestão.
De acordo com Cauê Mançanares, CEO da Investo, o HODL11 chega ao mercado com a melhor taxa da categoria e liquidez assegurada pelo BTG atuando como formador de mercado.
“O Bitcoin é muitas vezes comparado ao ouro devido à sua escassez, característica que o torna atrativo tanto para investidores institucionais quanto individuais. Ficamos felizes de oferecer ao investidor brasileiro um ETF eficiente, que combina diversificação e potencial de valorização”, completa.
Guerra de taxas
Por enquanto, o maior diferencial do fundo é a sua taxa zero, o que serve para maximizar os ganhos dos investidores. A isenção, conforme explicado pela gestora, vai durar por oito meses. Depois, a partir de agosto de 2025, o HODL11 passará a cobrar uma taxa de administração de 0,20% ao ano, o mesmo valor cobrado pela VanEck no HODL.
Mas ainda assim, será o ETF de Bitcoin com a menor taxa do mercado. As regras tributárias seguem as mesmas dos ativos de renda variável, com 15% sobre o ganho de capital ou 20% em operações de Day Trade. Os impostos são cobrados quando há venda das cotas com lucro.
Cauê reforça que o HODL11 traz exposição ao Bitcoin por meio do ETF HODL, listado no EUA e sob gestão da VanEck, uma referência global em gestão de ETFs e com expertise reconhecida no mercado de criptomoedas.
“Isso faz toda a diferença para o investidor que quer participar da valorização do Bitcoin, mas quer fazer isso da forma mais segura e eficiente possível”, reforça Cauê.
Esta não é a primeira vez que os ETFs de criptomoedas utilizam as taxas para ganhar a atenção dos investidores. A própria VanEck, por exemplo, chegou a zerar as taxas de seu ETF de Ethereum (ETH) até 2025, ou quando o fundo chegar a US$ 1,5 bilhão sob custódia – o que ocorrer primeiro.
Leave a Comment