Empresas como Genentech e AstraZeneca estão utilizando IA para acelerar o desenvolvimento de tratamentos, mas enfrentam desafios operacionais

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Imagem: raker/Shutterstock

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Ao licenciar o medicamento experimental vixarelimab da Kiniksa Pharmaceuticals, a empresa de biotecnologia Genentech acreditava ter encontrado uma solução promissora para doenças pulmonares. No entanto, foi uma plataforma de inteligência artificial (IA) que revelou que o medicamento também poderia ser eficaz no tratamento de doenças inflamatórias intestinais.

Aviv Regev, vice-presidente da Genentech, explicou que a descoberta foi baseada em dados e algoritmos, sem a necessidade de experimentos tradicionais em laboratório.

Apesar disso, especialistas alertam que a adoção de IA na indústria farmacêutica ainda está em estágio inicial e levará anos para atingir seu potencial máximo, conforme revela o Wall Street Journal.

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IA ajudou a descobrir que medicamento para problemas no pulmão era eficaz também contra doenças inflamatórias intestinais – Imagem: Shutterstock/LALAKA

Investimento farmacêutico em IA

  • Várias grandes empresas farmacêuticas estão investindo mais na IA para acelerar e otimizar o desenvolvimento de medicamentos.
  • Em 2023, pelo menos 67 ensaios clínicos utilizaram IA para descobrir, projetar ou reaproveitar moléculas e doenças, em comparação com 40 em 2022.
  • A AstraZeneca, por exemplo, reduziu o tempo de design de moléculas de anos para meses, enquanto a GSK vê potencial na IA para otimizar desde a seleção de alvos genéticos até a personalização de tratamentos.

Embora a tecnologia tenha grande potencial, as empresas enfrentam desafios como a falta de dados adequados, a necessidade de profissionais qualificados e obstáculos culturais e operacionais, como a estrutura hierárquica do setor.


Para superar esses obstáculos, várias farmacêuticas formaram parcerias com especialistas em IA, como OpenAI, Owkin e Isomorphic Labs.

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Apesar do impacto que IA já causa na indústria farmacêutica, ainda há obstáculos a se superar para a atuação desta tecnologia no ramo ser mais relevante – Imagem: Shutterstock/Somkid Thongdee


Leandro Costa Criscuolo

Colaboração para o Olhar Digital

Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.


Ana Luiza Figueiredo

Redator(a)


Ana Luiza Figueiredo no LinkedIn

Ana Luiza Figueiredo é repórter do Olhar Digital. Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), foi Roteirista na Blues Content, criando conteúdos para TV e internet.