O CEO do Google DeepMind elogiou a IA chinesa, mas ressaltou que não há nenhum verdadeiro avanço científico nela

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Imagem: QINQIE99/Shutterstock

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DeepSeek, modelo de inteligência artificial (IA) desenvolvido na China, continua dando o que falar. Até mesmo os concorrentes diretos do chatbot estão se pronunciando sobre a nova tecnologia, embora as avaliações não sejam unânimes.

Para o CEO do Google DeepMind, empresa focada em IA, a ferramenta “é provavelmente o melhor trabalho” já feito pelos chineses. No entanto, ele acredita que as avaliações sobre o avanço científico proporcionado pela nova plataforma é exagerado.

Não há nada de novo no chatbot chinês

As declarações de Demis Hassabis foram feitas antes do início da Cúpula de Ação de Inteligência Artificial, evento realizado em Paris, na França. O CEO do Google DeepMind elogiou o DeepSeek, afirmando que o modelo possui uma “engenharia extremamente boa” e que “muda as coisas em escala geopolítica”.

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Concorrente do DeepSeek minimizou sucesso da IA chinesa (Imagem: Photo For Everything/Shutterstock)

No entanto, do ponto de vista da tecnologia, ele estacou que não vê grandes mudanças. Na opinião de Hassabis, o chatbot está usando técnicas já conhecidas, não promovendo nenhum verdadeiro avanço científico.


O CEO ainda disse que os modelos Gemini 2.0 Flash do Google DeepMind, lançados nos últimos dias, são mais eficientes que a IA chinesa. As informações são da CNBC.

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Tela inicial do DeepSeek em um smartphone
Chatbot chinês já virou sensação e atraiu olhares do mundo todo (Imagem: Poetra.RH/Shutterstock)

DeepSeek é considerada uma ameaça para outras gigantes do setor

  • A IA do DeepSeek foi projetada para lidar com tarefas complexas de raciocínio e tem apresentado resultados que vêm surpreendendo o mercado.
  • O grande diferencial é o baixo custo da tecnologia, o que pode ameaçar a posição dominante dos principais players.
  • Para se ter uma ideia, o modelo chinês foi treinado ao custo de aproximadamente US$ 6 milhões, enquanto ferramentas como o Llama 3.1, da Meta, custaram mais de US$ 60 milhões para serem desenvolvidos.
  • A empresa chinesa adota estratégias como o chamado aprendizado por reforço, que permite que os modelos aprendam por tentativa e erro.
  • Além disso, ativa apenas uma fração dos parâmetros do modelo para tarefas específicas, economizando recursos computacionais.
  • E melhora a capacidade dos modelos de processar dados e identificar padrões complexos.
  • A startup ainda adota um modelo parcialmente aberto, permitindo que pesquisadores acessem seus algoritmos.
  • Isso democratiza o acesso à IA avançada e promove maior colaboração na comunidade global de pesquisa.


Alessandro Di Lorenzo

Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital


Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.