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Tudo sobre Inteligência Artificial
A OTAN desenvolveu uma nova ferramenta de inteligência artificial (IA) para identificar embarcações com comportamentos suspeitos, segundo a agência EuroNews. A tecnologia pode ajudar a aliança a responder rapidamente a ameaças ou tentativas de sabotagem.
O software chamado “Mainsail” é alimentado por imagens de satélite, sistemas de sonar e sensores subaquáticos. O algoritmo foi desenhado para detectar embarcações que possam estar desviando do curso para danificar estruturas ou coletar informações.
“O Mainsail é o resultado de anos de desenvolvimento científico para detectar anomalias no domínio marítimo. Sem usuário ou a presença de operadores, ele levanta suspeitas sobre trajetórias específicas de navios e outras atividades”, explicou Eric Pouliquen, diretor do Centro de Pesquisa e Experimentação Marítima da OTAN, em um vídeo.
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Prevenindo sabotagens e eventuais falhas…
O patrulhamento marítimo foi reforçado após uma série de incidentes, como a sabotagem do oleoduto Nord Stream em 2022, o rompimento do gasoduto Balticconnector em 2023 e os danos ao cabo submarino no Mar Báltico em 2024, segundo a reportagem.
A OTAN também tem usado sensores e drones para vistoriar a infraestrutura submarina no Estreito de Øresund, entre a Dinamarca e a Suécia, em busca de possíveis irregularidades. A região do Báltico é visada pela presença de cabos de internet e oleodutos com combustíveis fósseis, entre outros.
“A sociedade moderna é muito dependente da infraestrutura subaquática, sejam cabos de Internet, oleodutos com combustíveis fósseis ou outros”, disse Sander Klop, tenente-comandante da Marinha Real Holandesa, em um vídeo da OTAN. “Acredito que danificar essas infraestruturas pode prejudicar uma sociedade, então acho essencial evitar isso”.
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Um especialista consultado pela reportagem ponderou que a capacidade da nova ferramenta de IA deve ser limitada por causa da falta de sensores em águas internacionais, o que pode esbarrar em um processo legalmente complexo.
“Os países podem implementar sensores em suas águas nacionais para fins militares. Mas na zona econômica e em águas internacionais, não é possível ou legal implementar um sensor para fins militares”, disse Hans Liwång, vice-chefe do departamento de ciência de sistemas de defesa e segurança da Universidade de Defesa da Suécia.
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