Se você ainda não está usando o ChatGPT para dar um up nas suas viagens, está marcando bobeira. O chatbot da OpenAI pode ser muito útil desde a etapa de preparação do seu turismo – como na elaboração do roteiro – e brilha mesmo durante a viagem.
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Neste episódio de “IA: Modo de Usar“, o consultor em inteligência artificial Pedro Burgos mostra como o chatbot mais famoso do mundo pode acabar sendo a melhor companhia para a sua “turistada”.
Tire dúvidas. Todas elas
Você pode pensar no ChatGPT como um guia turístico que tem um conhecimento enciclopédico sobre… tudo. E eternamente paciente. Então, não se acanhe: faça perguntas e use a câmera do seu celular para mostrar ao aplicativo o que seus olhos estão contemplando e que demanda alguma explicação, contexto histórico ou até um fun fact.
Depois de usar o Perplexity para construir o roteiro de uma viagem em família ao Parque Nacional do Iguaçu, Burgos usou e abusou do ChatGPT. “Estou em Foz do Iguaçu. Que bicho é esse?”, foi a pergunta que o robozinho da OpenAI ouviu várias vezes depois de ver fotos como esta aqui abaixo.
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Ok, essa foi fácil. Mas como os bichinhos não paravam de borboletear ao redor do casal Burgos – pousando de novo e de novo neles –, surgiu outra dúvida: “O que a borboleta está fazendo?”
“Quando uma borboleta pousa em uma pessoa e parece ‘mover um ferrão’, o que você provavelmente está observando é o movimento da tromba (ou probóscide), que é a estrutura alongada que elas usam para se alimentar”, respondeu o ChatGPT, sem nenhuma empáfia. E essa eu duvido que você sabia.
Assim, o chatbot vai transformando a sua caminhada em uma ampla trilha de conhecimento. Ele sabe onde você está, conhece a fauna e a flora da região e tem na sua memória infinita todas as fotos e vídeos que se pode ter sobre cada detalhe.
O mesmo pode ser feito em passeios urbanos, claro. Apontar a câmera para o prédio do Museu de Arte de São Paulo, o Masp, e perguntar como aquele vão livre gigante fica suspenso é receber uma simpática aula sobre a mágica do projeto de Lina Bo Bardi.
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Aliás, vale perguntar pro GPT mais sobre a história de Lina, conhecer outros projetos, os móveis projetados – e dá pra fazer isso de uma maneira bastante fluida usando o modo conversa porque você pode interromper a robozinho.
Em museus, o ChatGPT dá um show à parte, conta Burgos. “Eu estava em uma exposição sobre objetos asiáticos antigos e achei uma imagem interessante, mas a legenda não ajudava. Saquei o app, coloquei a foto e tive uma aulinha”, resume.
“A ideia não é substituir o olhar o objeto de arte por olhar o celular no chat – ninguém quer um monte de gente parada olhando pra tela em um museu. O objetivo é usar a IA pra apreciar mais, gastar mais tempo vendo o que é bonito.”
Chega de ‘sorry about my english’
O ChatGPT também pode ser bastante útil para evitar aquelas situações lost in translation. Em praticamente qualquer idioma, você pode tornar o robozinho um tradutor personalizado.
Não tem constrangimento ou cansaço. Basta tirar o celular do bolso, dizer para ele fazer as vezes de tradutor para um idioma específico e mandar o chatbot traduzir o que você disser ao seu interlocutor. O caminho de volta também é feito prontamente.
Duas pessoas que nunca se viram na vida, em uma praça de uma cidade qualquer do mundo podem se comunicar com privacidade e sem engasgos.
Essa função também pode ser aproveitada em outras ferramentas, como o Google Tradutor. O Google também tem a ferramenta Lens, que permite a tradução instantânea de placas, cardápios e o que mais for necessário.
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“E isso é só uma amostra do que dá pra fazer hoje, focando só em algumas funções da tal IA generativa. As IAs dos smartphones mais novos também estão transformando a experiência de viagem”, pontua Burgos.
“Dá para editar as fotos com um toque nos últimos celulares da linha Samsung Galaxy. O novo iPhone 16 tem inclusive um botão próprio pra usar a IA, e na apresentação eles mostraram diversas utilidades parecidas com o que eu experimentei, mas sem precisar entrar em um app específico do ChatGPT.”
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