Siga o CriptoFacil no
Google News CriptoFacilGoogle News CriptoFacil

A inflação nos Estados Unidos subiu mais do que o esperado em janeiro, impactando negativamente tanto o Bitcoin e o mercado de criptomoedas como um todo quanto os ativos tradicionais. O Índice de Preços ao Consumidor (CPI), que mede a variação dos preços de bens e serviços, avançou 0,5% no mês, superando a projeção de 0,3% e a alta de 0,4% registrada em dezembro. Na comparação anual, o índice subiu 3,0%, acima da previsão de 2,9%.

O núcleo da inflação, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, também apresentou crescimento superior ao esperado. A alta mensal foi de 0,4%, enquanto economistas projetavam um avanço de 0,3%. Em 12 meses, o núcleo do CPI chegou a 3,3%, superando os 3,1% previstos.

O mercado reagiu imediatamente aos dados. O Bitcoin, que já vinha operando em tendência de baixa na semana, caiu abaixo de US$ 95 mil logo após a divulgação do relatório. A maior criptomoeda do mercado acumula uma queda diária de 2,1%, de acordo com dados do CoinGecko. O BTC custa exatos US$ 94.772 no momento da redação deste texto.

Gráfico de preço do Bitcoin - Fonte: CoinGeckoGráfico de preço do Bitcoin - Fonte: CoinGecko
Gráfico de preço do Bitcoin – Fonte: CoinGecko

Os preços das demais criptomoedas acompanharam o movimento de recuo. No Top 10, todas as criptomoedas operam em baixa neste momento. O Ethereum, por exemplo, recuou 2,1% nas últimas 24 horas para US$ 2.593.

Desempenho das principais criptomoedas - Fonte: Quantify CryptoDesempenho das principais criptomoedas - Fonte: Quantify Crypto
Desempenho das principais criptomoedas – Fonte: Quantify Crypto

Inflação acima do esperado derruba Bitcoin

Além do Bitcoin, os impactos também atingiram os mercados tradicionais. Os índices futuros das bolsas dos EUA recuaram cerca de 1%, enquanto o rendimento dos títulos do Tesouro americano de 10 anos subiu 10 pontos-base, atingindo 4,63%. O ouro caiu mais de 1% e o índice do dólar avançou 0,5%.

Desde que ultrapassou a marca de US$ 100 mil após a vitória de Donald Trumpnas eleições em novembro, o Bitcoin tem oscilado entre US$ 90 mil e US$ 109 mil. O cenário macroeconômico, com incertezas sobre a economia chinesa, riscos de guerra comercial e taxas de juros elevadas, tem limitado novas altas.

Ontem, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, reafirmou ao Congresso que novos cortes nos juros devem ficar fora da pauta por enquanto, a menos que a economia ou a inflação apresentem quedas inesperadas.

Com a inflação ainda elevada, o mercado pode começar a considerar a possibilidade de cortes de juros apenas em 2025. Se esse cenário se concretizar, o Bitcoin pode testar novamente o suporte próximo a US$ 90 mil, de acordo com especialistas.

Siga o CriptoFacil no
Google News CriptoFacilGoogle News CriptoFacil