O Brasil sacou líquidos US$ 800 mil, cerca de R$ 4,6 milhões, em fundos de investimento baseados em criptomoedas no acumulado semanal da última sexta-feira (7), quanto período consecutivo de retração, de US$ 876 milhões em saídas líquidas globais segundo a CoinShares.

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Fonte: Reprodução/CoinShares

O fluxo de saída se movimentava na esteira do medo extremo e aumento da liquidação de traders alavancados de criptomoedas nos últimos dias, perceptível ainda pelo Volatility Index (VIX), calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital aberto que compõem o S&P 500, conhecido como índice do medo, que se encontrava avançado a 25,65 (+3,4%) com alta acumulada de 32,4% em cinco dias na manhã desta segunda-feira (10).

De acordo com o relatório semanal da gestora de criptomoedas, a pressão vendedora foi capitaneada pelos Estados Unidos em US$ 922 milhões em saídas líquidas. Além do Brasil, que acumula US$ 68 milhões em depósitos líquidos em 2025, Hong Kong e Austrália retiraram respectivos US$ 7,5 milhões e US$ 1,4 milhão em sete dias, respectivamente. Pelo contrário, Suiça, Canadá, Alemanha e Suécia registraram respectivas entradas líquidas de US$ 23 milhões, US$ 14,7 milhões, US$ 13,3 milhões e US$ 3,3 milhões.

O monitoramento feito por criptoativos mostrou que os fundos baseados Bitcoin (BTC) capitanearam a queda através de US$ 756 milhões em saídas líquidas, recuo seguidos pelos produtos de investimentos em Ethereum (ETH), Short Bitcoin e Cardano (ADA), respectivamente em US$ 89,2 milhões, US$ 19,8 milhões e US$ 1,9 milhão, enquanto fundos cripto de outras altcoins totalizaram US$ 36,1 milhões em retiradas líquidas. Em direção contrária, fundos cripto baseados em Solana (SOL), XRP, Sui (SUI) e cestas multiativos receberam respectivos aportes líquidos de US$ 16,4 milhões, US$ 5,6 milhões, US$ 2,7 milhões e US$ 1,6 milhão.

A queda de preços associada à manutenção do fluxo de saída resultou em queda a US$ 142,5 bilhões no total de ativos sob gestão (AuM, na sigla em inglês). Nesse caso, o acumulado do Brasil recuou a US$ 1,26 bilhão com a manutenção da sexta colocação global do país. Estados Unidos, Suíça, Canadá, Alemanha e Suécia também permaneceram em suas posições com respectivos AuM de 106,43 bilhões, US$ 6,3 bilhões, US$ 5,19 bilhões, US$ 5,09 bilhões e US$ 3,04 bilhões. 

Em relação aos produtos de investimento, o Fidelity Wise Origin Bitcoin Fund registrou o maior fluxo de saídas líquidas, US$ 201 milhões. Já os ETFs da BlackRock, iShares Bitcoin Trust e iShares Ethereum Trust, totalizaram saldo negativo de US$ 193 milhões, ARK 21 Shares, Grayscale Investiments, Bitwise ETFs e CoinShares XBT responderam por respectivos saques líquidos de US$ 164 milhões, US$ 133 milhões, US$ 45 milhões e US$ 1 milhão respectivamente, enquanto outros fundos totalizaram US$ 175 milhões em retiradas líquidas. Pelo contrário, os depósitos mais expressivos no acumulado semanal foram do 21Shares AG e do ProShares ETFs, com respectivos depósitos líquidos de US$ 21 milhões e US$ 15 milhões.

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Fonte: Reprodução/CoinShares

Em meio ao FUD (medo, incerteza e dúvida), um especialista em criptomoedas disse que o XRP está em tendência de queda de até 60%, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.