Siga o CriptoFacil no
Google News CriptoFacilGoogle News CriptoFacil

A Microstrategy (Nasdaq: MSTR), grande impulsionadora do Bitcoin, registrou uma queda de 10% na receita em 2024, mas surpreendeu ao se destacar como uma das ações de melhor desempenho no Nasdaq 100, conforme relatado pelo Barchart.com.

O grande fator por trás dessa ascensão foi seu massivo investimento em Bitcoin (BTC), consolidando-se como a empresa pública com maior reserva dessa criptomoeda no mundo.

Diante desse cenário, Matt Hougan, diretor de investimentos da Bitwise, acredita que muitas outras empresas seguirão esse caminho. Em um memorando divulgado na segunda-feira, Hougan previu que veremos uma “megatendência” de corporações adquirindo Bitcoin para reforçar seus balanços financeiros.

“Veremos centenas de empresas comprando Bitcoin para seus tesouros nos próximos 12 a 18 meses“, afirmou Hougan. “Essas aquisições elevarão substancialmente todo o mercado de Bitcoin”.

Microstrategy lidera o movimento de compra de Bitcoin

Bitcoin na MicrostrategyBitcoin na Microstrategy
Imagem: BitcoinTreasuries.com

A Microstrategy não é a única empresa apostando no Bitcoin. Segundo o Bitcointreasuries.com, 46 empresas públicas possuem 591.539 BTC, avaliados em cerca de US$ 60 bilhões. Esse montante representa 2,82% do fornecimento total de 21 milhões de Bitcoins.

No setor privado, 12 grandes empresas já acumulam 368.043 BTC, avaliados em US$ 37 bilhões, o que corresponde a 1,75% da oferta total. A Microstrategy sozinha lidera o ranking, com 450.000 BTC, equivalentes a US$ 45 bilhões e 2,12% do fornecimento total.

Em 2024, a empresa adquiriu 257.000 BTC, o que, segundo Hougan, é um indicativo da tendência de adesão crescente. “Uma companhia do porte da Chipotle comprou mais de 100% do novo suprimento de Bitcoin no ano passado”, destacou ele.

Se uma empresa de médio porte consegue acumular essa quantia, o que esperar de gigantes corporativos com ainda mais recursos?

Outro fator que pode acelerar essa migração é a evolução das regulamentações. A aprovação dos primeiros ETFs de Bitcoin em janeiro passado, somada ao apoio de Donald Trump às criptomoedas, impulsionou sua aceitação.

Além disso, a renúncia de reguladores contrários ao setor, como Gary Gensler, ex-presidente da SEC, e a exposição de supostos esquemas de desbancarização do setor ajudaram a consolidar o Bitcoin como um ativo mainstream.

Outro ponto crucial é a implementação do novo padrão contábil ASU 2023-08, que agora permite que empresas reportem ganhos e perdas de preço do Bitcoin, e não apenas perdas.

“Se 70 empresas adicionaram Bitcoin aos seus balanços quando ele só podia ser registrado com perdas, imagine quantas farão isso agora”, questiona Hougan. “Duzentas? Quinhentas? Mil?”.

Siga o CriptoFacil no
Google News CriptoFacilGoogle News CriptoFacil