As gigantes do setor Baidu e a OpenAI pretendem tornar os seus modelos de IA gratuitos em resposta ao sucesso do DeepSeek

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Imagem: Poetra.RH/Shutterstock

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O lançamento do DeepSeek, modelo de inteligência artificial desenvolvido na China, continua tendo efeitos no mundo todo. Rivais da empresa estão anunciando mudanças importantes para se manterem na corrida pela tecnologia.

Uma das novidades diz respeito ao valor pago pelos usuários destas ferramentas. A chinesa Baidu, por exemplo, informou que tornará o Ernie Bot, seu próprio modelo de IA, gratuito a partir do dia primeiro de abril deste ano.

Mudanças no Ernie e ChatGPT

O anúncio foi feito em comunicado divulgado pela gigante chinesa no WeChat. A partir da data, o chatbot irá oferecer recursos até então considerados premium sem nenhum custo para usuários de dispositivos móveis e de desktop.

O Baidu ainda disse que planeja lançar a próxima geração de seu modelo de IA até o final de junho. E que pode lançar a ferramenta em código aberto. As novidades são uma clara resposta ao sucesso do DeepSeek.


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Quem também está de olho na disputa pelo mercado de inteligência artificial é a OpenAI. A empresa, responsável pelo ChatGPT, anunciou que os usuários poderão ter acesso ilimitado e gratuito ao seu novo modelo de IA, o GPT-5. Quem pagar pelo serviço, no entanto, deve poder acessar um “nível mais alto de inteligência”, de acordo com a companhia.

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Chatbot chinês virou sensação e atraiu olhares do mundo todo (Imagem: Chitaika/Shutterstock)

DeepSeek é considerada uma ameaça para outras gigantes do setor

  • A IA do DeepSeek foi projetada para lidar com tarefas complexas de raciocínio e tem apresentado resultados que vêm surpreendendo o mercado.
  • O grande diferencial é o baixo custo da tecnologia, o que pode ameaçar a posição dominante dos principais players.
  • Para se ter uma ideia, o modelo chinês foi treinado ao custo de aproximadamente US$ 6 milhões, enquanto ferramentas como o Llama 3.1, da Meta, custaram mais de US$ 60 milhões para serem desenvolvidos.
  • A empresa chinesa adota estratégias como o chamado aprendizado por reforço, que permite que os modelos aprendam por tentativa e erro.
  • Além disso, ativa apenas uma fração dos parâmetros do modelo para tarefas específicas, economizando recursos computacionais.
  • E melhora a capacidade dos modelos de processar dados e identificar padrões complexos.
  • A startup ainda adota um modelo parcialmente aberto, permitindo que pesquisadores acessem seus algoritmos.
  • Isso democratiza o acesso à IA avançada e promove maior colaboração na comunidade global de pesquisa.


Alessandro Di Lorenzo

Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital


Ana Luiza Figueiredo

Redator(a)


Ana Luiza Figueiredo no LinkedIn

Ana Luiza Figueiredo é repórter do Olhar Digital. Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), foi Roteirista na Blues Content, criando conteúdos para TV e internet.