Seguindo o sucesso de plataformas como Pump.Fun na rede Solana e da entrada de diversos famosos nesse mercado, desenvolvedores criaram uma ‘fábrica de memecoins’ na rede do Bitcoin.

Chamado Odin.Fun, o projeto usa a tecnologia dos Runes, que já causaram polêmica em 2024 devido ao aumento explosivo nas taxas de transação.

Embora alguns usuários vejam isso como uma ameaça, outros defendem que o Bitcoin está perdendo espaço para outras blockchains. Um dos exemplos citados é a memecoin de Donald Trump, que logo após seu lançamento atingiu um valor de mercado de US$ 15 bilhões e hoje, segundo dados on-chain, conta com mais de 650.000 investidores.

Fábrica de memecoins será boa ou ruim para o Bitcoin?

Atualmente existem mais de 10 milhões de criptomoedas do mercado, ou seja, 1 para cada 800 pessoas no mundo. Alguns analistas apontam que isso pode afetar negativamente o preço de criptomoedas grandes, afinal, investidores estão distribuindo seu dinheiro entre muitos projetos ao invés de focar em poucos.

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Em relação à chegada de uma ‘fábrica de memecoins’ no Bitcoin, isso pode trazer usuários de outras redes, forçando milhões de investidores a comprarem BTC para pagarem as taxas de transação.

Embora a Odin.Fun ainda esteja em fase de testes fechado, o desenvolvedor Bob Bodily compartilhou um vídeo mostrando como funcionará a plataforma, bastante simples e intuitiva.

Além desses novos tokens, outra possibilidade seria a migração de projetos que hoje usam Solana, Ethereum, BSC e outras para o Bitcoin.

O lado negativo é que, caso tenha sucesso, essa fábrica de memecoins pode inundar a rede com essas transações. Atualmente, as taxas de rede estão tão baixas quanto 1 sat/vB (menos de R$ 1), mas já ultrapassaram os R$ 1.000 durante o lançamento dos Runes, o que pode se repetir.

Enquanto isso, um desenvolvedor do Bitcoin está defendendo a ideia de reduzir os blocos de 4 MB para apenas 300 kB ainda em 2025. Ou seja, caso essas duas coisas aconteçam em simultâneo, poderia ter efeitos graves para a rede.

Nem todos estão felizes com as memecoins

Após o sucesso da memecoin de Donald Trump, o mercado aproveitou o momento. Enquanto gestoras tentam aprovar o primeiro ETF de memecoins, golpistas invadem perfis famosos em redes sociais para promover golpes.

Nesta semana, até mesmo o pai de Elon Musk, lançou uma memecoin em homenagem ao seu filho. A ideia, segundo Errol Musk, é usar o dinheiro da ‘Musk It’ para financiar um ‘think tank’ chamado Musk Institute fundador por ele.


No entanto, nem todos estão felizes com essa moda. Para Ki Young Ju, fundador da Crypto Quant, “lançar uma moeda de celebridade é como se transformar em uma ficha de cassino”. “Isso sacrifica sua reputação”, disse o executivo.