O mercado de criptomoedas em 2025 está passando por uma transformação significativa, com o declínio das memecoins e o aumento da tokenização de ativos. De acordo com o relatório “A morte das moedas meme”, publicado pela CoinGecko, as memecoins, que dominaram o cenário cripto em 2024, estão enfrentando uma queda de popularidade e valorização.


O relatório, escrito por Bobby Ong, cofundador da plataforma, destaca que o lançamento das memecoins TRUMP e MELANIA marcou o ápice das memecoins. Seguido, entretanto, por um colapso após o lançamento de LIBRA. Este último evento, especialmente, expôs as práticas questionáveis por trás desses lançamentos. Insiders e grupos fechados lucram às custas de investidores da Libra que foram enganadfos.
As memecoins mais fortes sobreviverão
Como resultado, a capitalização de mercado da categoria das memecoins caiu 32% desde seu pico em fevereiro, com volumes de negociação despencando 72%. Apesar do declínio atual, Ong acredita que as moedas meme podem retornar no futuro, mas apenas aquelas que conseguirem construir comunidades engajadas e gerar conteúdo orgânico.
“As memecoins estão mortas por agora, mas elas voltarão. Aquelas que sobreviverem serão as que conseguirem construir comunidades engajadas e gerar conteúdo orgânico”, afirma Bobby Ong.
Ele compara o fenômeno a uma “lei de potência”, onde 99,99% das moedas meme falharão, mas as poucas que sobreviverem poderão se tornar extremamente valiosas.
O relatório também aponta para a responsabilidade dos fundos de venture capital (VCs) e dos reguladores no surgimento da febre das memecoins. A decepção dos investidores de varejo com as criptomoedas VC “Low Float, High FDV” (baixa oferta circulante e alta valorização totalmente diluída) lançadas no início de 2024 levou muitos a buscar alternativas nas memecoins.
No entanto, a falta de uma estrutura regulatória clara nos EUA para lançamentos de tokens com utilidade real também contribuiu para a proliferação do setor das memecoins. Além disso, ele destaca que o nicho tem espaço para crescer, caso os projetos consigam unir estabilidade e crescimento a longo prazo.
“A resposta para um lançamento bem-sucedido talvez esteja em algum lugar no meio. Projetos como $JUP da Jupiter mostraram que é possível equilibrar estabilidade e crescimento“, comenta Ong.
Tokenização é o caminho
Embora as memecoins estejam perdendo espaço, a tokenização de ativos continua a ganhar impulso. Plataformas como pump.fun, VirtuaIs.io e daos.fun estão acelerando a criação de tokens para diversos fins, desde agentes de IA até DAOs (Organizações Autônomas Descentralizadas).
Além disso, o setor de RWA (Real World Assets) está atraindo a atenção de grandes players do mercado financeiro tradicional, com títulos do Tesouro dos EUA liderando a tokenização de ativos reais.
O relatório também aborda o impacto das políticas do governo Trump no mercado cripto. Apesar de uma postagem surpresa de Trump sobre uma reserva estratégica de criptomoedas e, posteriormente, a assinatura de uma ordem executiva para criação da Reserva Estratégica, o mercado não foi poupado da volatilidade.
O Bitcoin caiu mais de 20% no último mês, refletindo a incerteza global e os movimentos do governo dos EUA em relação a tarifas comerciais e negociações de paz entre Rússia e Ucrânia. Mesmo em um mar turbulento, Ong mantém as esperanças de que em breve chegaremos em terra firma, e os sobreviventes colherão os frutos.
“Acredito que ainda estamos no meio de um ciclo de alta. A queda atual é apenas uma sacudida de curto prazo”, diz Ong, destacando o forte interesse institucional em Bitcoin.
Ele ressalta o forte interesse institucional em Bitcoin e a previsão de empresas como Standard Chartered e Bitwise, que projetam um BTC a US$ 200 mil.
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