Apesar do entusiasmo no Vale do Silício, trabalhadores permanecem céticos quanto à utilidade da inteligência artificial em suas rotinas profissionais

ia trabalho
Imagem: napong rattanaraktiya/iStock

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Após mais de dois anos desde o lançamento do ChatGPT, que gerou um grande entusiasmo sobre a inteligência artificial, a maioria dos trabalhadores americanos permanece cética quanto à utilidade da IA no ambiente de trabalho.

De acordo com uma pesquisa do Pew Research Center, 80% dos trabalhadores não utilizam IA no trabalho, e entre os que usam, poucos relatam benefícios significativos. Além disso, a maioria dos entrevistados se mostra preocupada com o impacto da IA, com apenas 29% expressando otimismo.

Detalhes da pesquisa

  • Embora os trabalhadores mais jovens e com maiores rendas mostrem mais entusiasmo, a preocupação com a IA é generalizada.
  • Apenas 16% dos trabalhadores utilizam IA regularmente, e a maioria não considera que a tecnologia aumente significativamente a produtividade ou qualidade do trabalho.
  • Especialistas sugerem que o pessimismo pode ser atribuído à falta de comunicação clara sobre os benefícios da IA, além da desconfiança nas lideranças empresariais.
Mão teclando em um notebook com gráfico no meio exibindo palavras relacionadas à Inteligência Artificial
Maioria dos trabalhadores ainda não vê a IA como uma aliada para melhorar a produtividade – Imagem: Thapana_Studio/Shutterstock

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O professor Hatim Rahman, da Northwestern University, acredita que as atitudes sobre a IA se polarizarão.

Trabalhadores com mais autonomia, como médicos e advogados, podem ver a IA como uma ferramenta útil, enquanto aqueles com menos controle sobre suas condições de trabalho podem temer que a tecnologia substitua empregos.


“Haverá alguns que terão mais poder, e serão eles que descobrirão como usá-lo. Aqueles com menos poder estarão à mercê dos caprichos do mercado”, disse Rahman, que estuda os efeitos da IA ​​no trabalho.

Como funcionam chatbots?
Pessoas de cargos e condições diferentes no trabalho tendem a encarar a inserção da IA de maneiras distintas, alerta especialista – Imagem: Thapana_Studio/Shuttestock


Leandro Costa Criscuolo

Colaboração para o Olhar Digital

Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.


Bruno Capozzi

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.