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A Microsoft parece estar mais cautelosa nos investimentos que pretende assumir com inteligência artificial. A empresa cancelou contratos de locação de data centers nos Estados Unidos, de acordo com um comunicado da corretora TD Cowen obtido pela Reuters.

Na prática, segundo os analistas, isso levanta dúvidas sobre se a maior patrocinadora da OpenAI está garantindo mais capacidade de computação de IA do que precisa no longo prazo.

A big tech anulou arrendamentos referentes a “algumas centenas de megawatts” de capacidade — o equivalente a aproximadamente dois data centers — em contratos fechados com diferentes operadoras privadas, de acordo com a reportagem.

“Embora ainda não tenhamos obtido o nível de cor por meio de nossas ‘verificações de canal’ que gostaríamos sobre o motivo pelo qual isso está ocorrendo, nossa reação inicial é que isso está vinculado à Microsoft estar potencialmente em uma posição de excesso de oferta”, escreveram os analistas.

Atrasos nas instalações e na energia foram usados como justificativa para rescindir os contratos, de acordo com a corretora. Essa é uma tática usada pela Meta, por exemplo, para conter gastos de capital, segundo o documento.

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Especulações…

No final de janeiro, a empresa informou que pretende investir US$ 80 bilhões neste ano em data centers de IA. Naquele momento, o CEO Satya Nadella disse que a Microsoft tem que sustentar os gastos para atender a uma “demanda exponencialmente maior”, o que parece não condizer com a recente decisão.

Uma das explicações para a mudança de rota é uma possível realocação dos recursos para investimentos no exterior. Além disso, a empresa estaria transferindo postos de trabalho para a Oracle Corp, uma das maiores operadoras de data centers do mundo, como parte de uma nova parceria entre as companhias.

No início do ano, a Microsoft também anunciou uma joint venture com a OpenAI e a SoftBank Group Corp para aplicar até US$ 500 bilhões em data centers e outras infraestruturas de IA. Uma das cláusulas permite que a startup acesse serviços de computação em nuvem de provedores rivais — até então, a Microsoft era provedora exclusiva de nuvem da OpenAI.