Segundo a empresa, o X1 e o Ernie 4.5 serão gratuitos e poderosos; big tech também vai adotar política de “código aberto”.


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O “tsunami” gerado pela DeepSeek no mercado de Inteligência Artificial repercute dentro da própria China. Como mostramos aqui no Olhar Digital, empresas do mundo todo começaram a rever suas estratégias após o lançamento do R1, a IA chinesa de código aberto e altamente econômica.
No Ocidente, a chegada da DeepSeek, em janeiro, abalou as estruturas e causou uma perda bilionária no valor de mercado de várias big techs, como a Nvidia, Alphabet, Microsoft e Tesla. Já no Oriente, o que vimos foi celebração e uma corrida por novos modelos similares.
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Nesse contexto, a empresa de tecnologia chinesa Baidu acaba de apresentar ao mundo novos dois modelos gratuitos de IA generativa: o X1 e o Ernie 4.5.
A Baidu, para quem não conhece, é uma espécie de Google da China. A companhia fundada em 2000 por Robin Li e Eric Xu possui o maior buscador do país e, assim como a contraparte ocidental, ampliou seus serviços para outras áreas, como Inteligência Artificial, armazenamento em nuvem e até mesmo carros autônomos.
Do que esses modelos são capazes?
- De acordo com a Baidu, o Ernie 4.5 “supera” o modelo americano GPT-4.5, da OpenAI, em “vários testes de referência”.
- Já o X1 se assemelha à IA da DeepSeek, mas com “maiores capacidades em termos de compreensão, planejamento, reflexão e evolução”.
- Em postagem na rede social WeChat, a gigante acrescentou que o seu modelo custa metade do preço em relação ao R1 da concorrente.
- As duas ferramentas gratuitas estão disponíveis através do chatbot da Baidu, o Ernie Bot.
- Seguindo o exemplo da DeepSeek, a Baidu também anunciou que seus modelos de IA se tornarão código aberto a partir de 30 de junho.
- Antes, os usuários tinham que pagar uma assinatura para acessar os modelos de IA mais recentes da empresa via Ernie Bot.
- Agora, graças ao impacto da DeepSeek, o serviço passou a ser oferecido de graça.
Outras chinesas também se movimentam
A Baidu não é a única gigante chinesa de olho nesse mercado da Inteligência Artificial para o consumidor. Em fevereiro, a Tencent, proprietária do WeChat, lançou um novo modelo que, segundo ela, responde a consultas mais rápido que a DeepSeek.

No mesmo mês, a Alibaba, uma das maiores plataformas de e-commerce do mundo, disse que investiria 380 bilhões de yuans (cerca de US$ 52 bilhões) em IA e computação em nuvem nos próximos três anos.
A Alibaba também lançou agora em março uma nova versão de aplicativo de assistente de IA, alimentado por seu modelo de raciocínio Qwen de código aberto.
As informações são do TechXplore.

Colaboração para o Olhar Digital
Roberto (Bob) Furuya é formado em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atua na área desde 2010. Passou pelas redações da Jovem Pan e da BandNews FM.
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