O DeepSeek-R1 se destaca por sua capacidade de verificar fatos e evitar erros comuns em outros modelos

Celular com logotipo da DeepSeek na tela colocado na frente de tela exibindo bandeira da China
(Imagem: Rokas Tenys/Shutterstock)

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Em um movimento que promete agitar o cenário da inteligência artificial, o laboratório chinês DeepSeek lançou uma versão aberta DeepSeek-R1, um modelo de “raciocínio” que, segundo a empresa, supera o modelo o1 da OpenAI em benchmarks específicos.

Disponível na plataforma Hugging Face, o R1 pode ser usado comercialmente sem restrições, tornando-se uma alternativa acessível para desenvolvedores e pesquisadores.

Como funciona o modelo DeepSeek-R1

Segundo o DeepSeek, o R1 supera o o1 nos benchmarks AIME, MATH-500 e SWE-bench Verified e se destaca por sua capacidade de verificar fatos e evitar erros comuns em outros modelos. Essa precisão se traduz em maior confiabilidade em áreas como física, ciência e matemática.


Com 671 bilhões de parâmetros, o modelo completo exige hardware robusto, mas a DeepSeek oferece também versões mais leves que podem rodar até em notebooks.

A acessibilidade do R1 é outro ponto forte. A DeepSeek oferece acesso à API do modelo a preços significativamente menores que os do o1 da OpenAI. Essa estratégia já apresenta resultados, com milhões de downloads registrados.

Celular com logomarca do DeepSeek colocado na frente de computador com página inicial da plataforma de inteligência artificial aberta num navegador
O DeepSeek-R1 é um marco importante no desenvolvimento da inteligência artificial, demonstrando o potencial da China nesse campo e desafiando as lideranças estabelecidas. (Imagem: Mojahid Mottakin/Shutterstock)

No entanto, o desenvolvimento do R1 na China levanta algumas questões. O modelo está sujeito à regulamentação do governo chinês, por exemplo, e evita responder perguntas sobre tópicos sensíveis, como a autonomia de Taiwan. Essa filtragem levanta preocupações sobre o uso da IA para fins de propaganda e controle da informação.

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O DeepSeek-R1 se junta a outros modelos chineses, como os da Alibaba e Kimi, que também afirmam rivalizar com o o1 da OpenAI. Essa tendência indica que a China está se tornando uma força importante na corrida global pela IA, desafiando a hegemonia americana e levantando questões sobre o futuro da inovação e da competição nesse campo.


Gabriel Sérvio é formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário Geraldo Di Biase e faz parte da redação do Olhar Digital desde 2020.