Os coaches de IA fornecem conselhos sobre negociações salariais, sugerem como hábitos afetam o trabalho ou simulam conversas corporativas

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Imagem feita com inteligência Artificial. Alessandro Di Lorenzo/Olhar Digital/DALL-E

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A inteligência artificial está mudando o mercado de trabalho. Além de ser capaz de realizar atividades até então desempenhadas pelos humanos, a tecnologia também está sendo utilizada como um coach profissional.

Sistemas como Aimy, da CoachHub, Nadia, da Valence, e Cai, da Ezra, usam a IA para oferecer uma versão mais acessível de um serviço antes reservado a executivos seniores. Eles são capazes de fornecer diversos conselhos profissionais.

Modelos são treinados de forma diferenciada

  • Os coaches virtuais baseados em IA podem fornecer conselhos sobre negociações salariais, sugerir como hábitos individuais afetam o trabalho ou simular conversas desafiadoras.
  • Eles ainda podem auxiliar coaches humanos na elaboração de resumos de sessões, na conexão entre clientes e mentores ou na cobrança do cumprimento de metas.
  • Diferentemente de modelos como o ChatGPT, os coachbots especializados são treinados em políticas específicas das empresas, metodologias testadas para desafios no ambiente de trabalho e informações sobre a experiência do usuário armazenadas nos sistemas corporativos.
  • Uma das principais vantagens destas ferramentas é que elas estão disponíveis 24 horas por dia.
  • As informações são do Financial Times.
Cérebro com os dizeres
IA já está sendo amplamente utilizada no mercado de trabalho (Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock)

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Limitações do coach de IA

Apesar das possibilidades criadas, o uso da inteligência artificial para a função tem gerado discussões sobre questões éticas. Além disso, alguns profissionais do setor questionam o próprio propósito da utilização da tecnologia.


Para Tatiana Bachkirova, professora de psicologia do coaching na Universidade Oxford Brookes, a novidade representa apenas uma “degradação” da prática. Ela descreve as versões mais baratas como “um substituto” que não atende às necessidades daqueles em cargos mais altos.

Mulher estressada decepcionada e robô de IA sentado na mesa do escritório e trabalhando
Tecnologia pode, inclusive, representar um risco para os coachs humanos (Imagem: Stock-Asso/Shutterstock)

Até mesmo os defensores mais entusiastas admitem que os coachbots não podem substituir o desenvolvimento de alto nível para executivos seniores. Um coach virtual pode dividir um objetivo em etapas alcançáveis, mas não ajudará um profissional a superar uma crise existencial na carreira, por exemplo.


Alessandro Di Lorenzo

Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital


Bruno Capozzi

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.