Os disparos aconteceram durante exercícios militares realizados pelo regime do Irã nas águas do Golfo e foram considerados “um sucesso”

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Imagem: vchal/Shutterstock

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O uso da inteligência artificial no setor militar não é uma novidade. No entanto, o avanço da utilização da tecnologia por países considerados inimigos gera receio em algumas nações ocidentais, especialmente os Estados Unidos.

E foi exatamente o que aconteceu nesta semana. Segundo a mídia estatal do Irã, o país teve sucesso no lançamento de mísseis guiados pela IA. Os disparos aconteceram durante exercícios militares realizados nas águas do Golfo.

Disparos foram considerados “um sucesso”

  • Dados divulgados pela imprensa estatal iraniana apontam que a Guarda Revolucionária, o exército ideológico do Irã, foi a responsável por realizar as manobras militares no sudoeste do país nos últimos dias.
  • A força naval da Guarda teria disparado “mísseis Ghaem e Almas equipados com inteligência artificial de drones avançados Mohajer-6 e Ababil-5”.
  • Esses armamentos “destruíram com sucesso alvos inimigos hipotéticos”.
  • O exercício acontece após o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, pedir ao governo que investisse mais nessa área.
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Líder supremo do Irã quer mais investimentos em IA (Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock)

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Poucos países têm sua própria tecnologia de IA para armamentos

Além de aumentar as tensões na região do Oriente Médio, o lançamento de mísseis com IA pelo Irã serve como provocação ao novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que assumiu o cargo no último dia 20 de janeiro. Lembrando que apenas alguns de países, incluindo os Estados Unidos e a China, têm sua própria tecnologia de inteligência artificial para armamentos.


Em seu primeiro mandato, entre 2017 e 2021, o republicano defendeu uma política de “pressão máxima” em relação ao regime iraniano. Não está claro, no entanto, como ele irá atuar neste sentido nos próximos quatro anos.

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Ocidente teme que o Irã consiga desenvolver armas cada vez mais tecnológicas (Imagem: Bordovski Yauheni/Shutterstock)

O Irã foi forçado a projetar suas próprias armas quando Washington e Teerã romperam relações diplomáticas após a Revolução Islâmica de 1979 e os Estados Unidos impuseram sanções. Atualmente, o país do Oriente Médio tem um dos maiores complexos militares-industriais do mundo, com armas que vão de sistemas de defesa antiaérea a mísseis e drones.


Alessandro Di Lorenzo

Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital


Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.