Empresa é acusada de usar bibliotecas com conteúdo pirata para treinar modelos de inteligência artificial; Meta diz que seguiu a legislação

À esquerda, logo da Meta exibido em um smartphone; à direita e desfocado, logo da meta em uma parede azul e, logo abaixo, Mark Zuckerberg discursando
Mark Zuckerberg e a logo de sua empresa, a Meta (Reprodução: DANIEL CONSTANTE/Shutterstock)

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A Meta está sendo processada nos Estados Unidos por supostamente utilizar conteúdo protegido por direitos autorais sem a devida autorização no treinamento de seus modelos de inteligência artificial.

O processo alega que a empresa teria baixado 81,7 terabytes de dados protegidos por copyright, provenientes de fontes como LibGen, LibTorrent e Z-Library, bibliotecas online frequentemente associadas à distribuição ilegal de conteúdo.

Segundo a ação judicial, a Meta teria acessado essas plataformas e outras fontes de conteúdo não autorizadas para obter livros e usá-los no treinamento da inteligência artificial Llama. O processo é movido por empresas detentoras dos direitos autorais das obras em questão, que afirmam que houve violação de seus direitos.


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Nos documentos do caso, e-mails de funcionários da Meta indicam que havia conhecimento de que o download de conteúdo protegido por direitos autorais era ilegal. Em alguns casos, os funcionários questionaram o uso de equipamentos e IPs da empresa para realizar os downloads.

A Meta ainda não se pronunciou sobre o caso específico, mas apresentou uma defesa no processo, alegando que o uso do conteúdo baixado se enquadra na figura do “fair use” (uso justo). A empresa afirma que esse tipo de utilização é permitido, desde que se limite a determinados critérios, como pesquisa e desenvolvimento de tecnologias, sem a necessidade de autorização dos detentores dos direitos autorais.

Via: Arstechnica


Daniel Junqueira é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo. Iniciou sua carreira cobrindo tecnologia em 2009. Atualmente, é repórter de Produtos e Reviews no Olhar Digital.