A Méliuz, apelidada de “MicroStrategy brasileira” por investidores de bitcoin no país, divulgou nesta quarta-feira (12) os seus resultados contábeis com lucros.

Em comunicado aberto ao mercado, a companhia informou que iniciou uma reestruturação em 2022, que em relação ao quarto trimestre de 2024, já começa a mostrar seus primeiros resultados positivos.

Aos investidores, a empresa se diz em um movimento muito bom, embora parte do mercado ainda não reconheça seus fundamentos em plena melhoria. Ou seja, para investidores de longo prazo, uma oportunidade se apresenta para o negócio, que tem as ações Méliuz (B3: CASH3) listadas.

Vale o destaque que a comparação com a MicroStrategy se dá pelo fato de a Méliuz ser a pioneira na compra de bitcoin no Brasil.

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Head da Estratégia bitcoin diz que Méliuz colocou 10% para começar a se proteger

Em conversa com o Livecoins nesta quarta, Diego Kolling, especialista e Head da Estratégia de bitcoin da Méliuz, destacou que a empresa colocou 10% do caixa da empresa em BTC.

De acordo com ele, este é um movimento inicial tomado pela companhia, que estuda acrescentar mais bitcoin ao seu patrimônio.

“E quando o assunto é a estratégia bitcoin, é importante dizer o seguinte, nós colocamos 10% do nosso caixa em bitcoin dentro dos limites que o nosso mandato permitia, como uma forma de começarmos a nos proteger.”

Seguindo, Diego Kolling destaca que o cenário que se apresenta para a renda fixa atualmente representa uma constante perda do poder de compra, por seus juros não compensar a diluição da moeda.

Não só o bitcoin nos protege da diluição da moeda e a renda fixa não, como é um ativo global, para o longo prazo, espinha dorsal de um novo sistema financeiro nascente e emergente. Se posicionar nisso, pode trazer opções futuras interessantes,” diz Kolling a reportagem.

Méliuz explicou ao mercado os fundamentos de sua adoção de bitcoinMéliuz explicou ao mercado os fundamentos de sua adoção de bitcoin
Méliuz explicou ao mercado os fundamentos de sua adoção de bitcoin. Crédito: RI Méliuz.

Reestruturação que deu resultados positivos e foco em estratégia de bitcoin para 2025

O EBITDA ajustado consolidado é um indicador financeiro que mede o desempenho operacional de uma empresa, considerando sua geração de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, com ajustes feitos para itens não recorrentes ou extraordinários que possam distorcer a realidade do negócio.

Isso pode incluir despesas relacionadas a reestruturações, perdas com ativos ou outros custos que não refletem a performance contínua da companhia.

Ao eliminar esses fatores não operacionais, o EBITDA ajustado oferece uma visão mais precisa da rentabilidade e eficiência das operações principais da empresa.


Esse tipo de resultado demonstra que a empresa conseguiu gerar mais valor com suas operações principais, mesmo após o ajuste de itens não recorrentes, o que é um sinal de solidez e capacidade de enfrentar desafios econômicos. E no caso da Méliuz, a empresa saiu de um resultado extremamente negativo de -93,5 milhões, para mais 54,1 milhões de reais em EBITDA Ajustado Consolidado.

Méliuz anuncia bom resultado após reestrutura negócioMéliuz anuncia bom resultado após reestrutura negócio
Méliuz anuncia bom resultado após reestrutura negócio. Crédito: RI/Méliuz.

Em carta aberta ao mercado, o CEO Gabriel Loures declarou que está animado para 2025, e citou que o bitcoin faz parte dos planos.

“Em paralelo, vamos otimizar nossa estratégia de tesouraria. Conforme comunicado ao mercado, alocamos US$ 4,1 milhões em Bitcoin, uma reserva de valor que permitirá a diversificação do Real e uma melhor alocação de nossos recursos. De forma concomitante, estabelecemos um Comitê Estratégico de Bitcoin que avaliará oportunidades adicionais dessa estratégia, sempre alinhado com nossa visão de inovação.”