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O mercado de criptomoedas operava a um market cap de US$ 3,01 trilhões (+1,5%) na manhã desta quinta-feira (6), quando o Bitcoin (BTC) orbitava US$ 91,2 mil (+3%) com dominância de mercado de 60,1%, sentimento de medo dos investidores (30%) e a maioria das principais altcoins em alta de até dois dígitos percentuais, em dia de listagem inicial na Binance, Bitget e outras exchanges de criptomoedas.

A volatilidade do mercado cripto seguia o avanço dos índices S&P 500 e Nasdaq, historicamente correlacionados em até 70% com o desempenho do Bitcoin, que encerraram o pregão do dia anterior em respectivos 5.842,63 (+1,12%) e 18.552,73 pontos (+1,46%). O rali sucedeu o recuo parcial do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que cedeu ao apelo de montadoras e pausou por trinta dias a cobrança de tarifas sobre produtos do México e Canadá fornecidos a essas empresas. 

Ao citar conversas de Trump com executivos da General Motors, Ford e Stellantis, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, sugeriu que o presidente está aberto a outras isenções tarifárias. 

“Vamos conceder isenção de um mês para todos os automóveis que chegarem através do USMCA [acordo comercial EUA-México-Canadá]. As tarifas recíprocas ainda entrarão em vigor em 2 de abril, mas a pedido de empresas associadas ao USMCA, o presidente está concedendo uma isenção temporária para evitar desvantagens econômicas”,disse.

Apesar de investidores de criptomoedas enxergarem manipulação de mercado por parte de Trump, em temas como reserva de Bitcoin e de altcoins, o mercado mais amplo permanecia cauteloso com a ofensiva comercial desencadeada pelo presidente dos EUA. O que podia ser percebido pelo Volatility Index (VIX), conhecido por índice do medo, a 23,32 pontos (-0,81%) com alta acumulada de 28,61% em cinco dias, e o recuo dos investidores sobre os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em negociação à vista (spot) de Bitcoin e de Ethereum (ETH), em respectivos líquidos de US$ 38,30 milhões e US$ 63,32 milhões, segundo dados da plataforma SoSoValue. 

O índice altseason, que mapeia o desempenho trimestral do 100 tokens mais bem capitalizados, encontrava-se estacionado em 15 pontos e pouca rotação de capital para as altcoins, a partir do BTC. Apesar disso, o HNT era trocado de mãos por US$ 3,48 (+9,4%), o RENDER valia US$ 4,08 (+8,4%), o LINK estava precificado em US$ 17,57 (+8,5%), o NEAR era comprado por US$ 3,16 (+7,8%), o ARB era trocado por US$ 0,42 (+7,3%) e o BCH valia US$ 400,97 (+6,5%).

Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o MOVE atingia US$ 0,48 (+17,9%), o CRO se nivelava por US$ 0,089 (+13,5%), o ONDO se localizava em US$ 1,17 (+13,5%), o FARTCOIN era negociado por US$ 0,34 (+23,3%), o WEMIX se comparava a US$ 0,53 (+17,4%), o DHN era vendido por US$ 48,41 (+90,1%), o ABT se convertia em US$ 0,89 (+15,5%), o ACT era liquidado por US$ 0,058 (+35,2%), o REZ era comprado por US$ 0,022 (+23,2%) e o BROCCOLI atingia US$ 0,037 (+47,8%). Em direção contrária, o WHITE derretia a US$ 0,00039 (-72%), o VON recuava a US$ 0,00025 (-44%) e o GPS era trocado por US$ 0,057 (-16,2%).

Entre os destaques estava a listagem inicial do RED, token do oráculo multi-chain para redes EVM e não EVM RedStone, às 10 horas (horário de Brasília) em diversas exchanges globais, como Binance e Bitget, onde o RED tenta repetir o feito do SOLV, que explodiu 43.000% em sua listagem, em janeiro.

No dia anterior, as criptomoedas subiram até 115% em meio a desconfiança do Bitcoin com guerra comercial de Trump, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.