Ao deflagrar a Operação Fake Work, a Polícia Civil de Goiás (PCGO), por meio da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos, prendeu preventivamente sete pessoas, dentre elas uma mulher que negociava criptomoedas com russos.

Como o caso segue sob investigação, não foram reveladas as identidades dos suspeitos presos. De qualquer forma, a operação contou com apoio da Polícia Civil do Acre, de São Paulo e do Rio de Janeiro.

A ação cumpriu 20 mandados judiciais, incluindo prisões preventivas e buscas, nas cidades de Rio Branco (AC), Tarauacá (AC), São João de Meriti (RJ), Belford Roxo (RJ), São Paulo (SP) e Goiânia (GO).

Organização criminosa especializada em aplicar o “Golpe das Missões”

A investigação começou para apurar a situação de uma organização criminosa com presença em várias cidades brasileiras, especializada em aplicar golpes pela internet.

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De acordo com a PCGO, eles convenciam as vítimas a investir em um negócio com uma promessa de grandes lucros pela internet. Assim, após o investimento, os clientes do golpe tinham que realizar missões em busca de cumprir sua jornada, como curtir fotos, avaliar empresas, entre outras atividades online.

Contudo, os investidores logo percebiam que tinham investido para trabalhar de graça, e começaram a denunciar os golpistas. As vítimas somaram altos prejuízos financeiros com essa organização criminosa.

Apenas uma vítima de Goiânia investiu R$ 109,3 mil, prejuízo que levou ao conhecimento das autoridades.

Conforme explicação da PCGO, foram identificadas 716 vítimas em todo o Brasil, com um prejuízo avaliado em R$ 93 milhões ao todo.

Mulher de Goiás negociava criptomoedas com russos e já tinha passagem pela Polícia Federal

Dos milhões sob investigação da polícia, 83% do valor chegou para uma empresa de fachada com endereço em Goiânia. A dona do estabelecimento era uma mulher, que já havia sido presa no passado pela Polícia Federal, por crimes de lavagem de dinheiro também.

Seu trabalho consistia em lavar o dinheiro do Golpe das Missões, misturando saldos roubados com outros valores lícitos, para dificultar o rastreio do dinheiro.

As autoridades apuraram que a investigada já trabalhou em esquemas de lavagem de dinheiro internacionais na Rússia. Além disso, durante as buscas, a polícia encontrou mais de 70 contratos de investimentos de criptomoedas com russos, mostrando que ela mantinha ativo um esquema para dissuadir o dinheiro da organização criminosa no Brasil.


As apurações deste caso continuam com o trabalho da PCGO, após a coleta de novos documentos com a operação Fake Work.

PCGO em Operação Fake WorkPCGO em Operação Fake Work
PCGO em Operação Fake Work, que prendeu sete pessoas por golpes online. Foto/Divulgação.