Tudo sobre Inteligência Artificial

Entre 1,8 e 2,7 milhões de pessoas são picadas por cobras venenosas por ano. Estes incidentes causam cerca de 100 mil mortes anualmente, além de deixar mais de 300 mil pacientes com sequelas, inclusive com a perda de membros.

Neste cenário, a inteligência artificial pode ser uma aliada importante da medicina. Ainda mais depois de cientistas anunciarem que conseguiram usar a IA para criar novas proteínas capazes de neutralizar as toxinas letais presentes no veneno dos animais.

Antídoto é mais eficaz e seguro

• Atualmente, os únicos antídotos utilizados para tratar as picadas de cobras venenosas são os derivados de plasma animal.
• O problema é este é um processo caro e eles têm eficácia limitada, além de alguns efeitos adversos.
• Além disso, os venenos variam muito de uma espécie para outra, dificultando a escolha do tratamento mais adequado.
• É por isso que a nova descoberta é tão importante.
• Segundo os cientistas, ela possibilita a criação de alternativas mais seguras e eficazes aos soros antiofídicos tradicionais.
• As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista Nature.

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Método mais barato e rápido para tratar o veneno

O trabalho foi realizado por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, nos EUA, e da Universidade Técnica da Dinamarca. A equipe utilizou ferramentas de deep learning (aprendizagem profunda) para conceber novas proteínas que se ligam e neutralizam as toxinas mortais das cobras.

Os testes foram realizados com ratos e mostraram resultados promissores. Apesar de as proteínas criadas por IA não terem neutralizado todo o veneno, a uma taxa de sobrevivência dos roedores variou de 80% a 100%.

Os pesquisadores ainda explicam que as antitoxinas criadas são fáceis de se detectar usando apenas métodos computacionais. Isso torna o processo mais barato e possibilita a realização de robustos testes em laboratórios. Além disso, o tempo de estudos é bastante reduzido.